Nota em defesa da Emater-PI e seu fortalecimento
A Assistência Técnica e Extensão Rural- ATER é instrumento essencial para estímulo à geração de emprego, renda, oferta de alimentos, redução do êxodo rural e qualidade de vida, no campo. Entretanto, enquanto grandes produtores conseguem dispor de assistência técnica continuada, por engenheiros agrônomos e demais profissionais, refletindo em aumento da produção e produtividade, pequenos produtores vivem desprovidos de política de médio e longo prazo para orientação continuada por esses profissionais.
É de conhecimento público que a Assistência Técnica e Extensão Rural continuada promove aumento superior a 300% (trezentos por cento) na renda dos pequenos produtores, impactando fortemente no aumento da renda, redução nos índices de desnutrição e demais enfermidades, em nossa população. Nessa linha, é necessário o fortalecimento do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí da Emater-PI, nos moldes de como ocorre em estados, como Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, que utilizam a Emater como braço estratégico para crescimento e desenvolvimento regional.
A valorização do extensionista e dos profissionais de suporte, é de suma importância e é inquestionável e indissociável para o sucesso das políticas públicas. Infelizmente e lamentavelmente, o Governo do Estado do Piauí, em caráter de urgência e sem consentimento das entidades representativas dos profissionais e funcionários, aprovou o Plano de Cargos e Salários, que está aquém dos valores mínimos aceitáveis para permitir a dignidade dos funcionários e o bom trabalho da extensão rural, estabelecendo ainda parâmetros extensos e desmotivantes para mudança de nível daqueles que labutam nessa importante atividade pública.
Vale lembrar que ao final da carreira, o profissional, engenheiro agrônomo, engenheiro de pesca e médico veterinário, sequer terá direito ao recebimento de valores próximos ao piso do salário mínimo profissional, previsto na lei 4.950-A/1966. Neste sentido, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí – CREA-PI e a AEAPI, entidade representativa dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Piauí, vêm a público manifestar seu descontentamento e indignação com essa atitude, que caminha totalmente contrária à valorização da ATER, que garante suporte à agricultura familiar, em nosso estado.
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí – CREA-PI
Diretoria da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Piauí-AEAPI