CP propõe ampliar diálogo com profissionais e reduzir burocracia
O Engenheiro Agrônomo Ulisses Filho, presidente do Crea-PI, foi reeleito para assumir a cadeira de titular do Colégio de Presidentes (CP) em 2023. A reeleição do Ulisses Filho e do coordenador adjunto, o eng. ftal. Carlos Antônio Xavier (Crea-RO), simbolizou o reconhecimento ao sucesso das entregas efetivas. Escolhidos por aclamação, durante o 12º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua, em Brasília (DF), eles foram parabenizados pelo presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger. “O trabalho foi bem conduzido, com harmonia e tranquilidade, e por isso merece ter continuidade”, salientou.
Concluída a primeira reunião do ano, em que foram definidas as pautas prioritárias, Ulisses Filho anuncia as estratégias que serão adotadas pelo colegiado para tratar temas como ampliação do diálogo com profissionais e parlamento, redução da burocracia nos processos do Sistema e incentivo à participação feminina nos debates sobre Engenharia, Agronomia e Geociências.
Confira a seguir como os trabalhos serão conduzidos pelo engenheiro agrônomo que já foi conselheiro e diretor no Confea, coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Agronomia, conselheiro no Crea-PI e diretor-geral da Mútua-PI. Ainda, no Piauí, ocupou o cargo de diretor da Associação dos Engenheiros Agrônomos (Aeapi) e presidiu o Instituto Piauiense de Avaliações e Perícias (Ipiape). Perito judicial e especialista em geoprocessamento, Ulisses trabalhou na Prefeitura de Teresina (PI), tendo atuado na equipe que elaborou a Agenda 2030 da capital piauiense.
Site do Confea: É durante o Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea que os fóruns consultivos definem o plano de trabalho anual. Quais assuntos foram priorizados para serem discutidos e materializados em propostas até o fim de 2023?
Ulisses Filho: Uma das preocupações iniciais são as eleições gerais deste ano, que são para presidente do Confea, presidentes dos Creas, conselheiros federais e diretores da Mútua. Serão eleições pela internet em todos os estados do Brasil, o que nos coloca em alerta no sentido de que consigamos fortalecer essa iniciativa do Confea para propiciar uma votação com mais facilidade para as pessoas. Outra questão em pauta é a sustentabilidade do Sistema, a fim de aprimorar, cada vez mais, a distribuição dos recursos, incluindo capacitação de todo o pessoal do Conselho, investimento em cursos e fortalecimento das instâncias do Conselho. Temos também a preocupação em diminuir a burocracia e isso se materializa na reformulação e proposição de novas resoluções.
Site do Confea: O Sistema tem fortalecido seu capital político intensamente, como foi o amplo diálogo com os mais de cem parlamentares, ministros e vice-presidente da República, no Encontro de Líderes. Quais os planos para ampliar o diálogo com o governo e o Congresso Nacional e, assim, contribuir para a construção de políticas públicas efetivas?
UF: O Café & Política, realizado pelo Confea pela segunda vez, foi muito importante e positivo para dar visibilidade ao Sistema diante dos políticos e fortalecer o diálogo com o setor político. A ideia é que neste ano consigamos afunilar esse processo, dando suporte aos deputados no sentido de defenderem suas propostas tendo como base a argumentação que iremos propor a eles. Por isso, vamos oferecer elementos técnicos aos parlamentares para que possam aprovar os projetos de lei que estão no Congresso e que são de interesse do Sistema. Essa é a estratégia.
Site do Confea: A alteração da Lei nº 5.194/1966, que dispõe sobre a fiscalização do exercício das profissões do Sistema, está na pauta do Legislativo. Como o fórum consultivo planeja atuar em relação ao PL 1.024/2020?
UF: Um anseio antigo dos profissionais, dos Creas e das entidades de classe é que tenhamos, pelo menos, um conselheiro federal por unidade da federação. Isso é importante para que tenhamos um plenário que reflita o pensamento de todo o país. Este PL está há mais de dois anos no Congresso e, neste ano, a partir da aproximação com os políticos, acreditamos que consigamos reunir condições para aprovar esse projeto de lei, para conseguir a tão almejada federalização. Existem outras questões também que acompanham essa discussão, mas a busca principal é conseguir a participação de, pelo menos, um conselheiro por unidade da federação.
Site do Confea: O Sistema Confea/Crea é parceiro de grandes fóruns internacionais, entre eles, a Organização das Nações Unidas (ONU). Como contribuir para o cumprimento da Agenda 2023, considerando que as profissões abrangidas pelo Conselho estão diretamente ligadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?
UF: Olhar para as questões internacionais é uma novidade muito boa para o Conselho, pois permite fortalecer e reforçar nossa participação em algumas entidades internacionais e faz com que estejamos mais presentes em eventos internacionais. Temos uma grande contribuição para implementação dos objetivos da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, a ONU, haja vista que a maioria deles têm como elemento uma ação da Engenharia, Agronomia ou Geociências. Por isso, é importante trazer essa discussão para o Conselho, para que faça o link da nossa ação com o que a ONU está propondo.
Site do Confea: Ampliar a participação feminina na Engenharia, Agronomia e Geociências e nos cargos de liderança é uma meta prioritária do Sistema. Neste ano, dos 24 coordenadores eleitos, quatro são mulheres e elas ocupam o posto de adjuntas. Como contribuir na promoção da igualdade de gênero e, assim, construir uma sociedade mais justa, livre e solidária?
UF: Visualmente já percebemos o aumento da quantidade de mulheres envolvidas nas discussões sobre Engenharia, Agronomia e Geociências no Sistema Confea/Crea e Mútua. A ideia é ampliar essa participação, estimulando as mulheres a darem suas contribuições no dia a dia. Não apenas as mulheres, mas os homens também, porque o Programa Mulher propõe incluir e não excluir as pessoas, com foco nas mesmas condições de trabalho, de ambiente e financeiras para que as mulheres possam desenvolver seu trabalho. Esse é propósito e o caminho que vamos seguir em 2023.
Site do Confea: Qual legado pretende deixar para os profissionais e para o Sistema a partir do trabalho desenvolvido neste ano?
UF: Particularmente acredito muito que essas ações vão aproximar o profissional do Conselho. Temos que buscar ações que tenham eco na sociedade e que propiciem o desenvolvimento das regiões do país. E esse caminho que o Sistema está percorrendo é muito interessante, porque permite que a sociedade visualize a atuação do Conselho. Então, o grande legado é que o Conselho consiga, cada vez mais, ter esse reconhecimento da sociedade e dos profissionais.
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Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: André Almeida, Alex Nogueira, Marck Castro, Thiago Zion e Yago Brito